terça-feira, 5 de abril de 2016

Oficinas


A EMBRAPA NO XXII ENCONTRO DE GEOGRAFIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
UERN/IFRN, Pau dos Ferros, 10 a 12 de agosto de 2016


OFICINA 01: Zoneamento de solos do entorno do açude Pau dos Ferros: a Universidade e a Embrapa.
Data: 10 de agosto de 2016
Horário: 14h
Local: UERN
Facilitadores: Embrapa Solos
Público-alvo: aberto
Resumo:
A bacia hidrográfica do rio Apodi-Mossoró é a maior inserida totalmente no Rio Grande do Norte, ocupando 14.276 km² (27% do território estadual), onde são monitorados 20 açudes com volumes individuais superiores a 5 milhões de metros cúbicos. Cerca de 32,8% da extensão do rio Apodi-Mossoró são perenizados pelo açude Pau dos Ferros, sendo 6 km no município de Pau dos Ferros, 8 km em Francisco Dantas, 8 km em São Francisco do Oeste, 16 km em Tabuleiro Grande e 3 km no município de Riacho da Cruz. Destaca-se nesta bacia hidrográfica a barragem de Pau dos Ferros (Dr. Pedro Diógenes Fernandes, coordenadas 06°08’48’’S e 38°11’34’’W), com área de 1.165,36 ha e capacidade de 54.846.000 m³, localizada a 3 km do centro da cidade de Pau dos Ferros. Como a barragem de Pau dos Ferros é o principal reservatório de água para essa cidade-polo e alguns municípios circunvizinhos, urge a necessidade de aquisição de conhecimentos sobre os solos e de seu uso e cobertura vegetal atual. O conhecimento gerado pelas atividades propostas contribuirá para orientar o ordenamento territorial, o planejamento de uso, o manejo e a conservação das terras e da água, assim como a avaliação de impactos ambientais para subsidiar planos de recuperação ambiental do entorno da barragem.

Inscrições: No credenciamento


OFICINA 02: Monitoramento comunitário participativo da qualidade da água
Data: 10 de agosto de 2016
Horário: 14h
Local: UERN
Facilitadores: Enio Giuliano Girão (Embrapa Agroindústria Tropical)
Público-alvo: aberto
Resumo:

A situação atual de poluição dos recursos hídricos, provocada pela disposição inadequada de lixo, pelo lançamento de esgotos domiciliares e industriais e efluentes agrícolas, exige um rápido posicionamento dos órgãos públicos competentes. Os problemas decorrentes destes fatores podem ser minimizados pelo conhecimento científico do ecossistema, por meio da participação efetiva dos moradores no monitoramento das fontes hídricas que os abastecem. O Programa Global Water Watch (GWW) surgiu na Universidade de Auburn e se espalhou por diversos países, como Filipinas, Equador, México, Indonésia e Brasil, iniciando pelo Vale do Jequitinhonha-MG, com o Fundo Cristão para Crianças (detentor da marca Vigilantes da Água). O GWW forma grupos de monitores em diversas comunidades rurais, onde muitas famílias se beneficiam diretamente dos conhecimentos, instrumentos e metodologias de trabalho até então desconhecidos, mas essenciais à manutenção da saúde das pessoas e conservação e proteção dos recursos hídricos. No Ceará, o Programa abrangeu quatorze municípios, em sete bacias hidrográficas, o que mostra a importância do monitoramento da água em regiões do Semiárido cearense. Diante da experiência desenvolvida desde 2006, a Embrapa Agroindústria Tropical colocou-se nesse projeto como suporte para adequação do modelo de monitoramento participativo em comunidades rurais. Para a avaliação qualitativa da água, os monitores capacitados receberam "kits" para a análise de Escherichia coli e outros coliformes, certificados pelo programa GWW. O monitoramento é baseado na realização de análises periódicas de amostras de água de diferentes locais, empregando-se "kit" Coliscan Easygel e uma "incubadora" (caixa de isopor contendo termômetro e lâmpada de 9 W), adaptada com a finalidade de identificar e quantificar a presença de coliformes fecais e totais. Emprega-se a Escherichia coli (E. coli) como bioindicador de contaminação ou potabilidade. As técnicas de monitoramento utilizadas foram aprovadas pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e podem ser adequadas à legislação brasileira (Portaria MS 2914/2011 e Resolução CONAMA 274/2000 e posteriores). Os resultados obtidos com a metodologia foram comparados aos testes do Laboratório Integrado de Águas de Mananciais e Residuárias (LIAMAR), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica do Ceará (IFCE), concluindo-se por sua adequação ao Semiárido cearense. A oficina tem objetivo de apresentar os resultados alcançados no Ceará como casos exitosos de monitoramento participativo da qualidade da água em comunidades rurais.

Inscrições: No credenciamento


OFICINA 03: Quintais produtivos abastecidos por cisternas de produção: experiências no Sítio Merejo, Doutor Severiano.
Data: 10 de agosto de 2016
Horário: 14h
Local: UERN
Facilitadores: Cláudio Nogueira da Silva (Técnico em Agropecuária, COMTACTE)
Público-alvo: aberto
Resumo:
Em 2011, derivado de outras propostas governamentais anteriores, foi lançado o Plano Brasil Sem Miséria (PBSM), concebido com uma meta ousada de erradicar a extrema pobreza até o final do ano de 2014. Para tanto, foram criadas estratégias e parcerias. A inclusão produtiva e social de famílias rurais de baixa renda foi um dos alvos traçados para atingir o objetivo do Plano. Com isso, o Semiárido nordestino recebeu assistência de vários Programas. Em 2012, a Embrapa se tornou parceira do Plano com a aprovação de um projeto que propôs a inserção de Tecnologias Sociais no Território Alto Oeste Potiguar/RN, onde são alocadas 880 famílias rurais de baixa renda registradas no programa. Dentre as várias Tecnologias Sociais propostas, os Quintais Produtivos instalados na zona rural de Doutor Severiano foram selecionados como objeto de avaliação. A pesquisa teve como objetivo avaliar a eficiência dos Quintais Produtivos, investigar impactos da inserção nos âmbitos da segurança alimentar, disponibilidade hídrica, melhoria de renda, satisfação dos usuários e inclusão socioeconômica das famílias nas cadeias produtivas locais. Para isso, foram aplicados questionários com membros das famílias beneficiadas para obtenção desses dados primários. Foi observada, também, a inserção da tecnologia desde a instalação até o funcionamento nos períodos chuvoso e seco. Neste trabalho também foi abordada a gestão participativa, que trata da autonomia da tecnologia pelos beneficiários e desempenho nos âmbitos econômico, social e ambiental. Observou-se o aumento de renda, oferta hídrica, segurança alimentar e inclusão produtiva par todos os beneficiários, em diferentes níveis para cada família. A apropriação da tecnologia, por parte dos beneficiários, destacou-se juntamente com o perfil de campesinato identificado durante a pesquisa. A partir da avaliação comparativa da eficiência da tecnologia durante o período seco e o período chuvoso, conclui-se que o Quintal Produtivo criou uma potencialidade para produção nas propriedades, apresenta melhor aproveitamento no período chuvoso e se comporta como estratégia de convivência com a seca no período de estiagem.

Inscrições: No credenciamento



OFICINA 04: O Sisteminha Embrapa: água, horta e peixe.
Data: 10 de agosto de 2016
Horário: 14h
Local: UERN
Facilitadores: Carlos Píffero Câmara (Biólogo e Permacultor, Cria Ações)
Público-alvo: aberto
Resumo:
A manutenção de um pequeno sistema de produção alternativa de alimentos permite a continuidade da agricultura familiar durante todo o ano e diminui a dependência de uma breve temporada de chuvas ou irrigação. Isto aumenta a produção de alimentos para as comunidades com maior dificuldade de acesso aos grandes centros. A criação de sistemas alternativos para a produção de alimentos é uma ferramenta de segurança alimentar. O uso da recirculação simplificada permite grande economia de água, uma vez que o seu uso passa a ser de múltipla utilidade e pouca perda de água provocada pela evapotranspiração. A eficiência do sistema é aumentada e há uma melhor racionalização do uso da pouca água disponível, resultando em maior disponibilidade de alimentos de qualidade para suprir as necessidades básicas das famílias. O indivíduo ganha mais quando come o que produz ou divide com os vizinhos do que quando vende em pequena escala. Ao comer o que ele próprio produz, o usuário agrega à sua renda o valor real que deixa de gastar por esses produtos. Além do aumento direto da produção de alimentos, ocorre conservação da água e do solo. A segurança alimentar passa a ser considerada como sendo o melhor indicador da melhoria da receita. Dessa forma, cria-se uma alternativa para a análise da eficiência econômica com base na relação clássica de custo x benefício. A integração descrita nessa proposta inclui atividades que atendam a três princípios: 1) Miniaturização (processo de produção de objetos de consumo em áreas cada vez menores. Ela é essencial para a produção urbana de alimentos, por reduzir os custos de investimentos e limitar a necessidade de mão de obra); 2) Retorno em apenas um ciclo de produção (torna-se viável devido ao tamanho pequeno do empreendimento e baixo custo de instalação. Assim, permite-se o aproveitamento dos recursos existentes no entorno e na adequação modular das atividades, que são somadas); 3) versatilidade e multiplicabilidade (a versatilidade na construção das instalações exercita a criatividade dos usuários e facilita a multiplicação do sistema). A reciclagem é estimulada, podendo ser aproveitado papelão para revestimento dos pequenos tanques de criação de peixes e uso do fio retirado de garrafas PET para as diversas amarrações. As atividades de criação de galinhas, minhocas, hortaliças, hidroponia etc., são integradas à criação dos peixes, em módulos independentes. O sistema produz muito alimento, reaproveita resíduos e a água é reutilizada. A construção de pequenos tanques e galinheiros utilizando mão de obra familiar e materiais disponíveis no local diminui em muito o custo fixo. O investimento se torna acessível mesmo às famílias de baixíssima renda. A dependência do comércio local é limitada à compra de insumos como ração, plástico e pequenas eletrobombas. A sustentabilidade a médio e longo prazo é favorecida. A produção é otimizada, com riscos mínimos de perda dos investimentos. O manejo exige pouca mudança na rotina das famílias, ao contrário dos sistemas convencionais de recirculação que utilizam mão de obra especializada, são geralmente caros e de difícil manutenção. Em áreas de risco de doenças, como a dengue, os peixes podem se alimentar das larvas. Assim, se transformam em ferramenta auxiliar, para a redução da população desses insetos.

Inscrições: No credenciamento

OFICINA 05: Mapeamento Colaborativo de Comunidades
Facilitadores: Alunos do LEAT/UFC:
Público-alvo: aberto
Resumo:
A partir das experiências do trabalho desenvolvido na comunidade rural Vila da Volta (Aracati–CE), localizada na foz do Rio Jaguaribe, pelo Laboratório de Estudos Agrários e Territoriais do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (LEAT-DG/UFC), o mapeamento colaborativo se mostrou como possibilidade de atuação no reconhecimento territorial junto às comunidades do campo localizadas em áreas estuarinas. A oficina pretende partilhar conhecimentos acerca de experiências de cartografia social no contexto agrário, contribuindo com o debate acerca do Território e desenvolvimento rural, auxiliando na elaboração de metodologias de mapeamento participativo para a aplicação em comunidades. A oficina será dividida em um momento inicial de discussão teórica, seguido de um momento prático de formação técnica, buscando introduzir para os participantes a atuação nessas comunidades, com base na reflexão crítica da leitura de autores da área de Geografia Agrária e Cartografia Social.

Inscrições: No credenciamento


OFICINA 06: Análise hidroclimática como subsídio para gestão pública dos recursos hídricos e seus usos múltiplos no município de Pau dos Ferros-RN.
Facilitadores: Carlos Cesar, Ligia Castro, Lua Naama, Karine Pessoa, Jamylle Monteiro,
Natália Lidia Garcia, Valdênia Moraes (LEAT/UFC).
Resumo:
Diante das condições ambientais do semiárido nordestino, onde se localiza o município Pau dos Ferros-RN, a discussão sobre a gestão dos recursos hídricos mostra-se necessária. Assim, de acordo com o quadro ambiental da área, em que a associação das condições pluviométricas e a geodiversidade (geologia, geomorfologia, solo) condicionam um baixo potencial hídrico na região, a crescente demanda por água pelos diversos setores sociais caracteriza os conflitos pela água como situação emergente no Nordeste brasileiro. Dessa forma a oficina tem como objetivo apresentar os dados levantados quanto as características físicas, sociais, econômicas e políticas para fomentar discussões a cerca dos recursos hídricos, seus principais usos, a qualidade da água, disponibilidade hídrica e políticas públicas aplicadas à sua gestão. Além disso, será explanado sobre a distribuição da água na região e os diversos agentes envolvidos no processo produtivo.


Inscrições: No credenciamento



OFICINA 07: Aplicabilidade do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) em empreendimentos no Nordeste.
Facilitadores: Davi Rodrigues Rabelo e Karla Nayara de Sousa Cajuí (Mestrandos em Desenvolvimento e Meio Ambiente, PRODEMA/UFC)
Público-alvo: aberto
Resumo:
O impacto ambiental configura-se como qualquer alteração de caráter físico, químico ou biológico nos recursos ambientais. Desta forma, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) tem como objetivo avaliar os impactos ambientais significativos decorrentes da instalação de determinados empreendimentos, bem como estabelecer programas para monitoramento e mitigação desses impactos. É um procedimento obrigatório no processo de licenciamento ambiental para que as atividades possam ser instaladas. O EIA consiste na execução, por uma equipe interdisciplinar, de levantamentos técnicos e científicos destinados a identificar, analisar e prever as consequências ambientais e socioeconômicas da implantação de um projeto, sendo seu conteúdo mínimo estabelecido pela Resolução CONAMA 001/86. Neste contexto, a oficina tem como objetivo explanar e debater sobre o Estudo de Impacto Ambiental a partir de exemplos que envolvam a temática dos recursos hídricos, colaborando para o entendimento e formação dos alunos envolvidos. A execução de uma atividade prática contribuirá para que os alunos possam discutir e caracterizar impactos ambientais provenientes de empreendimentos, de forma que compreendam que os estudos ambientais são de suma importância como instrumentos para a proteção do meio ambiente.

Inscrições: No credenciamento


OFICINA 08: Levantamento florístico de interesse apícola para apis melífera em Marcelino Vieira-RN
Facilitador: Jaílson Machado (GEOSPACE)
Público-alvo: aberto
Resumo:
A apicultura brasileira tem crescido bastante nos últimos anos, colocando o Brasil, desde 2011, como oitavo maior exportador de mel do mundo. Entre outros fatores, a rica diversidade da vegetação brasileira contribui para esta conquista. Em especial pela presença do pasto apícola, que é composto por um campo floral ou vegetação, constituída por plantas principalmente fornecedora de recursos florais como o néctar, pólen e resina, necessários para o suprimento e desenvolvimento da colônia e para produção de mel e pólen apícola. Marcelino Vieira é considerado um dos maiores municípios produtores de mel do Alto Oeste Potiguar. Neste sentido, por meio do Inventário Florístico Apícola desenvolvido no município pretende-se conhecer a flora apícola da região. O trabalho consiste no levantamento florístico do município e identificação das fontes utilizadas pelas abelhas para alimentação dos adultos e dos imaturos. Além disso, o levantamento possibilita a construção de calendários apícolas que possibilitem ao apicultor um manejo das colônias para atingir a máxima produção. O trabalho consiste em identificar as espécies floradas em campo e averiguar quais destas foram utilizadas para fabricação de mel e pólen pelas abelhas. Isso vai gerar uma base de dados segura, possibilitando aos apicultores tanto da região, como para todo o estado do Rio Grande do Norte, o conhecimento sobre quais espécies vegetais estão sendo utilizadas para coleta, fabricação de mel e pólen pelas abelhas. Estas informações subsidiarão trabalhos posteriores, como Projeto de Recuperação de Área Degradada, Manejo Alimentar das Colmeias e o fortalecimento da cadeia produtiva do mel no Rio Grande do Norte.

Inscrições: No credenciamento










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