A
EMBRAPA NO XXII ENCONTRO DE GEOGRAFIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
UERN/IFRN,
Pau dos Ferros, 10 a 12 de agosto de 2016
OFICINA
01:
Zoneamento de solos do entorno do açude Pau dos Ferros: a Universidade e a
Embrapa.
Data: 10 de agosto de 2016
Horário: 14h
Local: UERN
Facilitadores: Embrapa Solos
Público-alvo: aberto
Resumo:
A bacia hidrográfica
do rio Apodi-Mossoró é a maior inserida totalmente no Rio Grande do Norte,
ocupando 14.276 km² (27% do território estadual), onde são monitorados 20
açudes com volumes individuais superiores a 5 milhões de metros cúbicos. Cerca
de 32,8% da extensão do rio Apodi-Mossoró são perenizados pelo açude Pau dos
Ferros, sendo 6 km no município de Pau dos Ferros, 8 km em Francisco Dantas, 8
km em São Francisco do Oeste, 16 km em Tabuleiro Grande e 3 km no município de
Riacho da Cruz. Destaca-se nesta bacia hidrográfica a barragem de Pau dos
Ferros (Dr. Pedro Diógenes Fernandes, coordenadas 06°08’48’’S e 38°11’34’’W),
com área de 1.165,36 ha e capacidade de 54.846.000 m³, localizada a 3 km do
centro da cidade de Pau dos Ferros. Como a barragem de Pau dos Ferros é o
principal reservatório de água para essa cidade-polo e alguns municípios
circunvizinhos, urge a necessidade de aquisição de conhecimentos sobre os solos
e de seu uso e cobertura vegetal atual. O conhecimento gerado pelas atividades
propostas contribuirá para orientar o ordenamento territorial, o planejamento
de uso, o manejo e a conservação das terras e da água, assim como a avaliação
de impactos ambientais para subsidiar planos de recuperação ambiental do
entorno da barragem.
Inscrições: No credenciamento
OFICINA
02:
Monitoramento comunitário participativo da qualidade da água
Data: 10 de agosto de 2016
Horário: 14h
Local: UERN
Facilitadores: Enio Giuliano Girão (Embrapa
Agroindústria Tropical)
Público-alvo: aberto
Resumo:
A situação atual de
poluição dos recursos hídricos, provocada pela disposição inadequada de lixo,
pelo lançamento de esgotos domiciliares e industriais e efluentes agrícolas,
exige um rápido posicionamento dos órgãos públicos competentes. Os problemas
decorrentes destes fatores podem ser minimizados pelo conhecimento científico
do ecossistema, por meio da participação efetiva dos moradores no monitoramento
das fontes hídricas que os abastecem. O Programa Global Water Watch (GWW)
surgiu na Universidade de Auburn e se espalhou por diversos países, como
Filipinas, Equador, México, Indonésia e Brasil, iniciando pelo Vale do
Jequitinhonha-MG, com o Fundo Cristão para Crianças (detentor da marca Vigilantes
da Água). O GWW forma grupos de monitores em diversas comunidades rurais, onde
muitas famílias se beneficiam diretamente dos conhecimentos, instrumentos e
metodologias de trabalho até então desconhecidos, mas essenciais à manutenção
da saúde das pessoas e conservação e proteção dos recursos hídricos. No Ceará,
o Programa abrangeu quatorze municípios, em sete bacias hidrográficas, o que
mostra a importância do monitoramento da água em regiões do Semiárido cearense.
Diante da experiência desenvolvida desde 2006, a Embrapa Agroindústria Tropical
colocou-se nesse projeto como suporte para adequação do modelo de monitoramento
participativo em comunidades rurais. Para a avaliação qualitativa da água, os
monitores capacitados receberam "kits" para a análise de Escherichia coli e outros coliformes,
certificados pelo programa GWW. O monitoramento é baseado na realização de
análises periódicas de amostras de água de diferentes locais, empregando-se
"kit" Coliscan Easygel e
uma "incubadora" (caixa de isopor contendo termômetro e lâmpada de 9
W), adaptada com a finalidade de identificar e quantificar a presença de
coliformes fecais e totais. Emprega-se a Escherichia
coli (E. coli) como bioindicador de contaminação ou potabilidade. As
técnicas de monitoramento utilizadas foram aprovadas pela Agência de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e podem ser adequadas à legislação
brasileira (Portaria MS 2914/2011 e Resolução CONAMA 274/2000 e posteriores).
Os resultados obtidos com a metodologia foram comparados aos testes do
Laboratório Integrado de Águas de Mananciais e Residuárias (LIAMAR), do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica do Ceará (IFCE),
concluindo-se por sua adequação ao Semiárido cearense. A oficina tem objetivo
de apresentar os resultados alcançados no Ceará como casos exitosos de
monitoramento participativo da qualidade da água em comunidades rurais.
Inscrições: No credenciamento
OFICINA
03:
Quintais produtivos abastecidos por cisternas de produção: experiências no
Sítio Merejo, Doutor Severiano.
Data: 10 de agosto de 2016
Horário: 14h
Local: UERN
Facilitadores: Cláudio Nogueira da Silva (Técnico em Agropecuária,
COMTACTE)
Público-alvo: aberto
Resumo:
Em 2011, derivado de
outras propostas governamentais anteriores, foi lançado o Plano Brasil Sem
Miséria (PBSM), concebido com uma meta ousada de erradicar a extrema pobreza
até o final do ano de 2014. Para tanto, foram criadas estratégias e parcerias.
A inclusão produtiva e social de famílias rurais de baixa renda foi um dos
alvos traçados para atingir o objetivo do Plano. Com isso, o Semiárido
nordestino recebeu assistência de vários Programas. Em 2012, a Embrapa se
tornou parceira do Plano com a aprovação de um projeto que propôs a inserção de
Tecnologias Sociais no Território Alto Oeste Potiguar/RN, onde são alocadas 880
famílias rurais de baixa renda registradas no programa. Dentre as várias
Tecnologias Sociais propostas, os Quintais Produtivos instalados na zona rural
de Doutor Severiano foram selecionados como objeto de avaliação. A pesquisa teve
como objetivo avaliar a eficiência dos Quintais Produtivos, investigar impactos
da inserção nos âmbitos da segurança alimentar, disponibilidade hídrica,
melhoria de renda, satisfação dos usuários e inclusão socioeconômica das
famílias nas cadeias produtivas locais. Para isso, foram aplicados
questionários com membros das famílias beneficiadas para obtenção desses dados
primários. Foi observada, também, a inserção da tecnologia desde a instalação
até o funcionamento nos períodos chuvoso e seco. Neste trabalho também foi
abordada a gestão participativa, que trata da autonomia da tecnologia pelos
beneficiários e desempenho nos âmbitos econômico, social e ambiental.
Observou-se o aumento de renda, oferta hídrica, segurança alimentar e inclusão
produtiva par todos os beneficiários, em diferentes níveis para cada família. A
apropriação da tecnologia, por parte dos beneficiários, destacou-se juntamente
com o perfil de campesinato identificado durante a pesquisa. A partir da
avaliação comparativa da eficiência da tecnologia durante o período seco e o
período chuvoso, conclui-se que o Quintal Produtivo criou uma potencialidade
para produção nas propriedades, apresenta melhor aproveitamento no período
chuvoso e se comporta como estratégia de convivência com a seca no período de
estiagem.
Inscrições: No credenciamento
OFICINA
04:
O Sisteminha Embrapa: água, horta e peixe.
Data: 10 de agosto de 2016
Horário: 14h
Local: UERN
Facilitadores: Carlos Píffero Câmara (Biólogo e Permacultor, Cria Ações)
Público-alvo: aberto
Resumo:
A manutenção de um
pequeno sistema de produção alternativa de alimentos permite a continuidade da
agricultura familiar durante todo o ano e diminui a dependência de uma breve
temporada de chuvas ou irrigação. Isto aumenta a produção de alimentos para as
comunidades com maior dificuldade de acesso aos grandes centros. A criação de
sistemas alternativos para a produção de alimentos é uma ferramenta de segurança
alimentar. O uso da recirculação simplificada permite grande economia de água, uma
vez que o seu uso passa a ser de múltipla utilidade e pouca perda de água
provocada pela evapotranspiração. A eficiência do sistema é aumentada e há uma
melhor racionalização do uso da pouca água disponível, resultando em maior
disponibilidade de alimentos de qualidade para suprir as necessidades básicas
das famílias. O indivíduo ganha mais quando come o que produz ou divide com os
vizinhos do que quando vende em pequena escala. Ao comer o que ele próprio
produz, o usuário agrega à sua renda o valor real que deixa de gastar por esses
produtos. Além do aumento direto da produção de alimentos, ocorre conservação
da água e do solo. A segurança alimentar passa a ser considerada como sendo o
melhor indicador da melhoria da receita. Dessa forma, cria-se uma alternativa
para a análise da eficiência econômica com base na relação clássica de custo x
benefício. A integração descrita nessa proposta inclui atividades que atendam a
três princípios: 1) Miniaturização (processo de produção de objetos de consumo
em áreas cada vez menores. Ela é essencial para a produção urbana de alimentos,
por reduzir os custos de investimentos e limitar a necessidade de mão de obra);
2) Retorno em apenas um ciclo de produção (torna-se viável devido ao tamanho pequeno
do empreendimento e baixo custo de instalação. Assim, permite-se o
aproveitamento dos recursos existentes no entorno e na adequação modular das
atividades, que são somadas); 3) versatilidade e multiplicabilidade (a
versatilidade na construção das instalações exercita a criatividade dos
usuários e facilita a multiplicação do sistema). A reciclagem é estimulada, podendo
ser aproveitado papelão para revestimento dos pequenos tanques de criação de
peixes e uso do fio retirado de garrafas PET para as diversas amarrações. As atividades
de criação de galinhas, minhocas, hortaliças, hidroponia etc., são integradas à
criação dos peixes, em módulos independentes. O sistema produz muito alimento, reaproveita
resíduos e a água é reutilizada. A construção de pequenos tanques e galinheiros
utilizando mão de obra familiar e materiais disponíveis no local diminui em
muito o custo fixo. O investimento se torna acessível mesmo às famílias de
baixíssima renda. A dependência do comércio local é limitada à compra de
insumos como ração, plástico e pequenas eletrobombas. A sustentabilidade a
médio e longo prazo é favorecida. A produção é otimizada, com riscos mínimos de
perda dos investimentos. O manejo exige pouca mudança na rotina das famílias,
ao contrário dos sistemas convencionais de recirculação que utilizam mão de
obra especializada, são geralmente caros e de difícil manutenção. Em áreas de
risco de doenças, como a dengue, os peixes podem se alimentar das larvas.
Assim, se transformam em ferramenta auxiliar, para a redução da população
desses insetos.
Inscrições: No credenciamento
OFICINA
05: Mapeamento
Colaborativo de Comunidades
Facilitadores: Alunos do LEAT/UFC:
Público-alvo: aberto
Resumo:
A partir das
experiências do trabalho desenvolvido na comunidade rural Vila da Volta
(Aracati–CE), localizada na foz do Rio Jaguaribe, pelo Laboratório de Estudos
Agrários e Territoriais do Departamento de Geografia da Universidade Federal do
Ceará (LEAT-DG/UFC), o mapeamento colaborativo se mostrou como possibilidade de
atuação no reconhecimento territorial junto às comunidades do campo localizadas
em áreas estuarinas. A oficina pretende partilhar conhecimentos acerca de
experiências de cartografia social no contexto agrário, contribuindo com o
debate acerca do Território e desenvolvimento rural, auxiliando na elaboração
de metodologias de mapeamento participativo para a aplicação em comunidades. A
oficina será dividida em um momento inicial de discussão teórica, seguido de um
momento prático de formação técnica, buscando introduzir para os participantes
a atuação nessas comunidades, com base na reflexão crítica da leitura de
autores da área de Geografia Agrária e Cartografia Social.
Inscrições: No credenciamento
OFICINA
06:
Análise hidroclimática como subsídio para gestão pública dos recursos hídricos
e seus usos múltiplos no município de Pau dos Ferros-RN.
Facilitadores: Carlos Cesar, Ligia Castro,
Lua Naama, Karine Pessoa, Jamylle Monteiro,
Natália Lidia Garcia, Valdênia Moraes
(LEAT/UFC).
Resumo:
Diante das condições
ambientais do semiárido nordestino, onde se localiza o município Pau dos
Ferros-RN, a discussão sobre a gestão dos recursos hídricos mostra-se
necessária. Assim, de acordo com o quadro ambiental da área, em que a
associação das condições pluviométricas e a geodiversidade (geologia, geomorfologia,
solo) condicionam um baixo potencial hídrico na região, a crescente demanda por
água pelos diversos setores sociais caracteriza os conflitos pela água como
situação emergente no Nordeste brasileiro. Dessa forma a oficina tem como
objetivo apresentar os dados levantados quanto as características físicas,
sociais, econômicas e políticas para fomentar discussões a cerca dos recursos
hídricos, seus principais usos, a qualidade da água, disponibilidade hídrica e
políticas públicas aplicadas à sua gestão. Além disso, será explanado sobre a
distribuição da água na região e os diversos agentes envolvidos no processo
produtivo.
Inscrições: No credenciamento
OFICINA
07:
Aplicabilidade do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) em empreendimentos no
Nordeste.
Facilitadores: Davi Rodrigues Rabelo e Karla
Nayara de Sousa Cajuí (Mestrandos em Desenvolvimento e Meio Ambiente,
PRODEMA/UFC)
Público-alvo: aberto
Resumo:
O impacto ambiental
configura-se como qualquer alteração de caráter físico, químico ou biológico nos
recursos ambientais. Desta forma, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) tem como
objetivo avaliar os impactos ambientais significativos decorrentes da
instalação de determinados empreendimentos, bem como estabelecer programas para
monitoramento e mitigação desses impactos. É um procedimento obrigatório no
processo de licenciamento ambiental para que as atividades possam ser
instaladas. O EIA consiste na execução, por uma equipe interdisciplinar, de
levantamentos técnicos e científicos destinados a identificar, analisar e
prever as consequências ambientais e socioeconômicas da implantação de um
projeto, sendo seu conteúdo mínimo estabelecido pela Resolução CONAMA 001/86.
Neste contexto, a oficina tem como objetivo explanar e debater sobre o Estudo
de Impacto Ambiental a partir de exemplos que envolvam a temática dos recursos
hídricos, colaborando para o entendimento e formação dos alunos envolvidos. A
execução de uma atividade prática contribuirá para que os alunos possam
discutir e caracterizar impactos ambientais provenientes de empreendimentos, de
forma que compreendam que os estudos ambientais são de suma importância como
instrumentos para a proteção do meio ambiente.
Inscrições: No credenciamento
OFICINA
08: Levantamento
florístico de interesse apícola para apis melífera em Marcelino
Vieira-RN
Facilitador: Jaílson Machado (GEOSPACE)
Público-alvo: aberto
Resumo:
A apicultura brasileira tem crescido
bastante nos últimos anos, colocando o Brasil, desde 2011, como oitavo maior
exportador de mel do mundo. Entre outros fatores, a rica diversidade da
vegetação brasileira contribui para esta conquista. Em especial pela presença
do pasto apícola, que é composto por um campo floral ou vegetação, constituída
por plantas principalmente fornecedora de recursos florais como o néctar, pólen
e resina, necessários para o suprimento e desenvolvimento da colônia e para
produção de mel e pólen apícola. Marcelino Vieira é considerado um dos maiores
municípios produtores de mel do Alto Oeste Potiguar. Neste sentido, por meio do
Inventário Florístico Apícola desenvolvido no município pretende-se conhecer a
flora apícola da região. O trabalho consiste no levantamento florístico do
município e identificação das fontes utilizadas pelas abelhas para alimentação
dos adultos e dos imaturos. Além disso, o levantamento possibilita a construção
de calendários apícolas que possibilitem ao apicultor um manejo das colônias
para atingir a máxima produção. O trabalho consiste em identificar as espécies
floradas em campo e averiguar quais destas foram utilizadas para fabricação de
mel e pólen pelas abelhas. Isso vai gerar uma base de dados segura,
possibilitando aos apicultores tanto da região, como para todo o estado do Rio
Grande do Norte, o conhecimento sobre quais espécies vegetais estão sendo
utilizadas para coleta, fabricação de mel e pólen pelas abelhas. Estas
informações subsidiarão trabalhos posteriores, como Projeto de Recuperação de
Área Degradada, Manejo Alimentar das Colmeias e o fortalecimento da cadeia produtiva
do mel no Rio Grande do Norte.
Inscrições: No credenciamento